Capim Paiaguás é nova opção para época seca |
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Pasto degradado é um problema
sério e a estimativa é de que cerca de 70% das pastagens cultivadas estejam em
algum grau de degradação ou degradadas. Nas pesquisas, a BRS Paiaguás mostrou
ser uma boa alternativa para recuperar pasto com agricultura e é o primeiro
material selecionado para integração lavoura-pecuária. Como pasto, mostrou
resultados vantajosos em termos de ganho médio diário e taxas de lotação em
unidades animal por hectare (UA/ha), na média de três ciclos de águas e três de
secas.
A facilidade de manejo da
Paiaguás é outra vantagem sobre as demais cultivares de Brachiaria brizantha no
mercado. Na integração com lavouras, mostrou não competir com a cultura
associada, ser de fácil dessecação com herbicidas e fornecer ótima palhada para
o plantio direto. A BRS Paiaguás destina-se a pecuaristas do Brasil central com
poucas alternativas de alimentação no período seco e/ou a produtores
interessados na integração lavoura-pecuária, seja para cobertura do solo e
plantio direto em pastagem de inverno no cerrado ou de curta duração, com cerca
de ano e meio a dois anos, para voltar com plantio de lavoura.
Foi selecionada com base na
produtividade, vigor de perfilhamento, facilidade de manejo e, apesar de não
apresentar resistência à cigarrinha-das-pastagens, mostrou ter elevado
potencial de produção animal no período seco, com alto teor de folhas e bom
valor nutritivo. Os pastos da BRS Paiaguás apresentaram bom controle de
invasoras sob pastejo mais intensivo.
A espécie africana é do gênero
braquiária e foram necessários 10 anos de estudos, da Embrapa Gado de Corte,
até seu lançamento. Durante a pesquisa, a planta passou por diversos testes e
chamou atenção em alguns aspectos, como por exemplo pelo maior acúmulo de
forragem e disponibilidade de folhas na seca quando comparada com outros
capins. Além disso, a Paiaguás apresentou melhor valor nutritivo, resultando em
ganhos de peso maiores por animal e por área. “A cultivar tem um diferencial
importante que é a produtividade na época seca associada com o valor nutritivo,
o que acarreta um melhor desempenho animal no período da estiagem,” afirma a
pesquisadora Cacilda do Valle.
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da redação do Nordeste Rural |
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