Recomendações para sustentabilidade da agricultura no semiárido |
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O
solo do semiárido brasileiro em função das constantes secas, da
predominância de solos rasos e cobertura vegetal esparsa corre riscos de
desertificação. A área ameaçada corresponde a quase um milhão de
quilômetros quadrados - o equivalente a mais da metade da Região
Nordeste e ainda o norte de Minas Gerais. Essas características tornam o
solo da região mais vulnerável ao processo de degradação, aliado ao mau
uso do solo nas áreas agrícolas.
Para
preservar o solo, o agricultor deve adequar o sistema de cultivo para
manter a maior quantidade possível de cobertura vegetal. O solo coberto
com plantas durante o período chuvoso ajuda a reduzir os efeitos da
erosão. Em áreas onde é feito o cultivo convencional com preparo do
solo, as culturas de cobertura podem servir como adubo. Também conhecido
como adubação verde, o cultivo de plantas de cobertura é uma das
técnicas mais baratas e acessíveis de conservar o solo, pois aumenta a
infiltração e retenção da água e a matéria orgânica, fatores importantes
para melhorar a fertilidade e conservar o solo.
Além
da adubação verde, outras técnicas de manejo e de conservação do solo
recomendadas pela Embrapa para a região semiárida são adubação, calagem,
cobertura do solo, rotação de culturas, cultivo em curvas de nível,
plantio direto e terraceamento. Para o uso adequado de cada parcela da
sua propriedade, o agricultor deve realizar o manejo e a conservação do
solo e da água. “Esse manejo consiste em técnicas que devem ser adotadas
em áreas de cultivo ou de pecuária, para reduzir os problemas causados
pela erosão e a falta de retenção da umidade no solo, pois somente assim
é possível sustentabilidade econômica e ambiental da agricultura na
região semiárida”, explica o pesquisador João Henrique Zonta.
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da redação do Nordeste Rural |
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