Governo lança plano para beneficiar produtor rural e preservar o meio ambiente |
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A produção
de leite e de carne de qualidade no país é vista como prioritária pelo
governo e produtores rurais. O setor tem potencial para ampliar
significativamente o alcance da produção nacional, mas para isso é
necessário melhorar aspectos como o aumento da produtividade, a garantia
da sustentabilidade ambiental e o bem estar animal. Para auxiliar aos
produtores, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
lançou ontem o Plano Mais Pecuária, que engloba os programas Mais Leite
e Mais Carne. O lançamento foi na Embrapa Gado de Leite, no município
de Juiz de Fora, Minas Gerais.
A
maioria das metas do Plano é programada para os próximos dez anos.
Neste período, o Programa Mais Leite tem o objetivo de aumentar a
produção nacional para 46,8 bilhões de litros de leite por ano e a
produtividade em 40%, passando de 1,4 mil quilos do produto por vaca ao
ano para 2 mil quilos. Já o Mais Carne pretende melhorar a produtividade
bovina em 100% – passando de 1,3 bovino por hectare para 2,6
bovinos/hectare. Ao dobrar essa lotação, o país poderá produzir 13,6
milhões de toneladas de carne em uma área de 113,8 milhões de hectares, o
que permitirá liberar 46,2 milhões de hectares para outras atividades.
O
Mais Pecuária será dividido em quatro eixos. O primeiro refere-se ao
melhoramento genético, com o intuito de disponibilizar até 2023 cerca de
252 mil touros reprodutores por ano e permitir que a oferta de sêmen de
gado leiteiro nacional seja de pelo menos 50%. Para isso, a Secretaria
de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC/Mapa) apoiará
financeiramente associações e instituições para a realização de eventos
de sensibilização e de treinamento em inseminação artificial.
O
segundo eixo trata do aumento das vendas em uma década. As metas
incluem expandir o consumo interno do leite em 23% e, de carne bovina,
em 35%, além de ampliar as exportações de derivados desses produtos. O
Plano também visa aumentar a capacitação de técnicos e produtores para a
incorporação de tecnologias no campo, além de desenvolver pesquisas e
projetos para soluções tecnológicas e gestão de propriedades por meio de
convênios entre a SDC e entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Já
o quarto eixo visa à segurança e qualidade dos produtos nacionais. Até
2016, todo o leite captado pela indústria deve estar dentro dos padrões
oficiais, além de reduzir a prevalência de brucelose e tuberculose.
Quanto à produção de carne, até 2018 todos os estados devem estar
aderidos ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal
(Sisbi-POA), que confere equivalência da inspeção realizada pelo governo
federal aos demais entes da Federação.
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da redação do Nordeste Rural |
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