Comitê da Seca no Rio Grande do Norte vai prestar contas na 2ª feira
Todos os recursos federais recebidos serão divulgados
Criado pela governadora Rosalba Ciarlini para debater semanalmente os efeitos da falta de chuvas sobre o campo e zonas urbanas e formas de minimizar a situação, o Comitê da Seca terá nesta segunda-feira (10) uma oportunidade de ouro para se revitalizar perante a opinião pública e os próprios setores envolvidos. É quando será apresentada uma espécie de prestação de contas de todos os recursos federais que entraram e sua destinação, sejam em obras emergenciais ou estruturantes.Desde que a governadora apresentou um painel das frentes que seriam abertas no combate à seca, no dia 21 de outubro de 2012, toda a questão ligada à aplicação de dinheiro público ficou a cargo do comitê em arrastadas reuniões que não chegavam a lugar algum, o que causou seu esvaziamento e uma enxurrada de críticas de líderes de produtores.
Mas, nesta segunda, no fim da tarde, o secretário da Agricultura, Tarcísio Bezerra, promete atualizar todas as informações, dizer quanto já ingressou no Estado de recursos federais de combate à seca, o que foi usado e em que se deu esse uso.
Sabe-se que existe muito dinheiro preso em Brasília, como os mais de R$ 17 milhões solicitados há mais de um ano junto ao Ministério da Integração para a ativação de mais de 700 poços cavados e abandonados na gestão da ex-governadora Wilma de Faria.
Esta semana, o secretário Tarcísio Bezerra afirmou que açudes, carros-pipa e cisternas já não resolvem mais o problema da falta de água. “A solução é colocar esses poços perfurados em funcionamento o mais rápido possível para abastecer as cisternas e bombear água para adutoras”, explicou.
Aproveitando para fazer uma prestação antecipada antes da reunião do comitê, a governadora repassou os seguintes número da gestão hídrica de sua gestão: 700 quilômetros de adutoras, 2.700 cisternas subterrâneas, além das obras da barragem de Oiticica, em Jucurutu, que já atingiu 15% do cronograma.
Enquanto isso, na região do Seridó, mais quatro cidades passaram a enfrentar dificuldades com o desabastecimento provocado pela seca. Caicó, São Fernando, Jardim de Piranhas e Timbaúba dos Batistas, abastecidas pelo rio Piranhas, estão sem o fornecimento regular de água devido à baixa vazão no manancial. A informação foi confirmada pela Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) ao portal G1/RN.
O rio Piranhas está com o nível abaixo do necessário para fornecer água. Ele é abastecido pelo sistema Curema-Mãe D’água, localizado na Paraíba, que é administrado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), sendo a gestão da água realizada pela Agência Nacional de Águas (ANA). Em virtude do longo período de estiagem e da necessidade de controle do volume de água no reservatório, para garantir o abastecimento humano, a ANA vem sistematicamente diminuindo a abertura das comportas do açude Curema.
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