Crias de caprinos podem ser alimentadas com colostro artificial |
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Ao
nascer, os caprinos e ovinos não têm anticorpos no sangue. A imunidade
depende da disponibilidade do colostro, secreção que se acumula na
glândula mamária ou úbere das femeas, nas últimas semanas de gestação.
De cor branco-amarelada, rica em proteínas, anticorpos, minerais e
vitaminas, o colostro possui efeitos nutritivos, antitóxico e laxativo.
Apresenta uma gordura que é bem absorvida, sendo importante fonte de
energia, exercendo papel fundamental na saúde e bom desenvolvimento das
crias.
No
entanto, existem situações em que o produtor é levado a alimentar
artificialmente as crias usando o colostro artificial: quando a mãe
morre e não tem outro animal para se obter o colostro; em caso de
doenças que podem ser transmitidas pela ingestão do leite; partos
múltiplos e quando o colostro é insuficiente.
Para
a médica-veterinária Maria Dalva Bezerra de Alcântara, da Empresa
Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), o colostro
artificial pode substituir perfeitamente o colostro natural. É feito
pelo produtor com o leite de cabra
ou de vaca “in natura” e ovo de galinha. Deve ser oferecido às crias em
mamadeiras e pode ainda ser armazenado em congelador por um período de
até 30 dias.
Para
fazer o colostro artificial são necessários 700 mililitros de leite de
vaca e um ovo sem casca, que deverão ser batidos bem no liquidificador.
Em seguida, deve-se colocar o produto na mamadeira e oferecer às crias.
“É importante que esse colostro seja dado às crias a partir das
primeiras horas do nascimento, de três a quatro vezes por dia, em uma
quntidade de 100 a 150 mls, durante 2 a 3 dias”, destaca Dalva. Ela
lembrar, no entanto, que só se deve interferir na alimentação das crias
se houver necessidade.
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