Produto químico muda até a cor da farinha de mandioca.
Alimentos industrializados:
os nossos venenos diários.
Luiz Gonzaga Cortez.
O veneno nosso de cada dia são os
alimentos industrializados, cheios de produtos químicos. Os profissionais da
área de saúde sabem disso. Os nossos venenos não são apenas os cigarros, as
drogas e a bebidas alcoólicas. Mas as pessoas não querem saber nada dos
alimentos poluídos que são ingeridos nas primeiras horas do dia, no café da
manhã, tais como os leites embalados em invólucros de papelão, a vácuo, os
iogurtes, as maionese, os quetichupes (adocicados ou picantes), as salsichas e
os sucos industrializados. Agora virou moda, dentre outras, o consumo de
“leites integrais”, com alto teor de gordura, em belas embalagens à vácuo que,
segundo especialistas em laticínios, são os mais perigosos para a saúde humana,
porque são facilmente contaminados por bactérias. E não há quem reclamar: esses
produtos são fabricados a milhares de quilômetros, são autorizados pelo
Ministério da Saúde. E tem também os leites “light” (ou laites), os atuns
liguites (se escreve light), os cremes de leite esterilizados, as margarinas
com 50% menos de calorias, sem sal, com sal, com ômega 3 e 6, com uma
abundância enorme de elementos químicos conservantes, impermeabilizantes,
corantes, adoçantes, o escambau. Se for você ler a composição química desses
“alimentos” industrializados, você fica perdido, tal a quantidade de termos que
a gente não sabe nada sobre eles, à exceção dos bioquímicos. Sabemos
seguramente que são tóxicos.
O pior é que as crianças já estão
se acostumando a ingerir essa praga de alimentos artificais. Estão vendendo uma
gama enorme de comidinhas para as crianças que são verdadeiras bombas de
efeitos retardados, ou bombinhas que explodirão no futuro em diversas formas,
seja através de doenças cardíacas ou de cânceres de estômagos e intestinos. As
crianças estão gostando de macarrões e batatinhas “vitaminadas” que dizem ser
gostosas, algumas com saberos de carnes, peixes, etc, “com tempero suave” com
os seguintes ingredientes: sêmola de trigo enriquecida com ferro e ácido
fólico, gordura vegetal, fécula de mandioca, sal. Ovo, corante beta-caroteno e
vitaminas PP, B6, B2 e B1. Mais: caldo de carne, sal, açúcar refinado (que tem
soda cáustica), batata, cenoura, mandioquinha, tomate, alho, molho de soja,
salsa, realçadores de sabor glutamato monossódico, inosinato dissódico e
guanilato dissódico e antiumectante dióxido de silício. Há as batatinhas com
sabor de X-Burguer com uma porção de produtos químico para conservar uma
verdadeira parafernália de farinha de milho “fortificada” com ferro e ácido
fólico, óleo vegetal, creme de leite, queijo, carne, realçador de sabor, sal,
amido modificado, corantes artificiais vermelho 40, tartrazina e azul brilhante
FCF. Ufa! Quer mais?
Supermercados, padarias, mercadinhos
e mercearias em geral estão vendendo adoidados esses produtos, inclusive um
tipo de pão de forma, mentirosamente chamados de integrais ou não, cujos
ingredientes são farinha de trigo, água, açúcar, sal, fermento, gordura
vegetal, conservador, propionato de cálcio, melhorador de farinha e com glútem.
O prezado leitor sabe o que é propionato de cálcio e melhorador de farinha?
Esses pães de “formas” fabricados na periferia de Natal são autorizados pelos
órgãos de “saúde pública”? De onde provém a água empregada na sua produção? Com
a palavra as autoridades da “vigilância sanitária”.
E agora apareceu a tartrazina,
uma substância química que está sendo adicionada na farinha de mandioca
que,
invés de branca, a cor muda para amarelo. Com essa cor, nos
supermercados estão
sendo vendidos os pacotes da farofa misturada com tartrazina que,
segundo a
advertência contida na embalagem plástica, pode causa males à saúde. Uma
das “usinas”
de “beneficiamento” de farinha fica na cidade de Vera Cruz/RN. Os bares e
restaurantes de Natal usam largamente a farinha, com a falsa
denominação de "farofinha", misturada com tartrazina.
Luiz Gonzaga Cortez é jornalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ajude o nosso Blog.