Dia de Campo sobre mamoeiro desperta interesse de produtores
Com a participação de pequenos e
grandes produtores, técnicos e estudantes da Universidade Federal do
Semi-Árido (Ufersa), a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do
Norte (EMPARN) em parceria com o Instituto de Assistência Técnica e
Extensão Rural (EMATER-RN), a Embrapa Mandioca e Fruticultura e o Banco
do Nordeste. realizaram na manhã da última quinta-feira (12), um Dia de
Campo sobre a Cultura do Mamoeiro. As abordagens dos pesquisadores
despertaram a curiosidade e o interesse dos produtores em aumentar a
área plantada com novas tecnologias de controle de pragas.
As atividades foram realizadas na Fazenda
Boágua, município de Baraúna, com duas palestras seguidas de debates. O
pesquisador Jaeveson da Silva, da Embrapa Mandioca e Fruticultura,
apresentou os resultados das pesquisas que vem desenvolvendo com o
melhoramento de mamoeiro. Os trabalhos buscam desenvolver novas
variedades mais adaptadas às condições edafoclimáticas da região Oeste
do Rio Grande do Norte, propiciando a produção de frutos de melhor
qualidade e maior aceitação pelos consumidores.
O pesquisador Marcone César Mendonça das
Chagas, da EMPARN/Embrapa, fez uma exposição sobre os resultados da
pesquisa sobre manejo do ácaro rajado do mamoeiro. A prática
predominante adotada pelos produtores para controlar a praga do ácaro
rajado é feita com a aplicação semanal ou quinzenal de acaricidas
químicos, com riscos para o homem e o meio ambiente. Um dos maiores
problemas para o agricultor decorre do período de degradação dos
produtos químicos utilizados, deixando resíduos no fruto do mamão
colocado à venda.
A metodologia proposta pelo pesquisador
Marcone César consiste em monitorar quinzenalmente a dinâmica do ácaro e
dos agentes de controle biológico (predadores do ácaro) existentes no
próprio ambiente de plantio. Apenas acima de determinado nível de
infestação do ácaro é feita a intervenção pelo produtor, de preferência
com a aplicação de óleos vegetais ou minerais misturados à detergente
neutro, permitindo que se preservem no ambiente os predadores naturais
da praga. Esta metodologia vem sendo aplicada na Fazenda Boágua desde o
ano de 2011 e na área experimental na Estação da EMPARN no Jiqui, em
Parnamirim, podendo ser aproveitada inclusive por grandes produtores que
estiveram presentes no Dia de Campo.
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