A venda de imbu no Sertão da Bahia em 2013
Agricultoras vendendo imbu na rodovia
A oferta de imbu na estrada do Sertão
O saco de imbu a espera do comprador
A caminhonete do imbu
O caminhão de imbu
As fotos
Nestas fotografias podemos
observar a venda de imbu no Sertão da Bahia na safra de 2013. As fotografias foram
obtidas nas comunidades de Caldeirão da Serra no município de Curaçá e Flamengo
no município de Jaguarari, Bahia.
Os fatos
O extrativismo do fruto do
imbuzeiro é uma das principais fontes de renda de muitos agricultores do Sertão
baiano. A principal forma de
comercialização do fruto do imbuzeiro na região ainda é a venda para
atravessadores que representam grandes comerciantes de Salvador, Recife e
outras capitais do Nordeste ou as margens das rodovias que cruzam o sertão.
Nesta forma de comercialização os atravessadores fazem um contrato verbal com
os agricultores na comunidade para compra de toda a safra de imbu. O preço do
saco de imbu que normalmente é comercializado por R$ 12,00. Este ano, em função
da seca, o saco do imbu está sendo comercializado por R$ 30,00 ou R$ 33,00 para
venda aos atravessadores. Para aqueles agricultores que trazem os frutos para
as feiras livres ou para margem das rodovias, o preço é maior, pois estes
vendem um litro por R$ 2,00, o que pode proporcionar uma renda de até R$100,00
por saco. A produção de frutos do imbuzeiro este ano pode ser menor que a safra
2010 e 2011 que foram de 9.804 e 9.327 toneladas, respectivamente, segundo
dados do IBGE (Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, v. 26, 2011).
Todavia, essa atividade garante uma renda extra para os pequenos agricultores
que não tiveram praticamente nenhum lucro de lavouras em suas roças com a seca
de 2012.
O processamento do imbu no Sertão da Bahia em 2013
Fabriqueta de Fazenda Brandão
Fabriqueta de Marruá
Fabriqueta de Serra Grande
Processamento da polpa de imbu
Processamento de geleia de imbu
Agricultoras selecionando frutos para compota
Amostras de produtos processados
Produtos estocados na fabriqueta
As fotos
Nestas fotografias, podemos ver
agricultoras de comunidades do Sertão da Bahia processando doce, geleia e suco
de imbu. As fotos foram obtidas na safra de 2013, nos municípios de Curaçá,
Uauá e Canudos, Bahia.
Os fatos
Embora a seca que atingiu a
região semiárida do Nordeste tenha castigado severamente os pequenos
agricultores, a safra do imbuzeiro já trouxe animo para muitos que fazem o
extrativismo desta fruta. Nos municípios de Uauá, Canudos, Curaçá e outros do
Sertão baiano, as fabriquetas de derivados do imbuzeiro estão a todo vapor. Em
função da seca e ainda predomina em algumas regiões do Sertão, a safra está
sendo menor que a do ano de 2012, porém, não faltam frutos para que os pequenos
agricultores processem vários produtos derivados do fruto do imbuzeiro, tais
como: doces, geleias, suco, compotas, etc. Das 16 minifábricas que fazem parte
da COOPERCUC (Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos Uauá e Curaçá),
poucas ainda não iniciaram o processamento. Essa atividade engloba 144
cooperados e mais de 300 famílias do Sertão da Bahia, gerando renda e ocupação
de mão-de-obra no meio rural nordestino. Atualmente mais de 10 produtos são
processados nessas pequenas unidades de produção com destaque para o doce em
massa, a geleia e a compota de imbu. Alguns desses produtos já alcançaram o
mercado externo e estão em expansão em vários estados do Brasil. Porém, o maior
mercado consumidor dos produtos derivados do imbuzeiro é o PNAE (Programa
Nacional de Alimentação Escolar) que distribui os produtos na rede de escolas
da região. Para os agricultores que fazem parte das unidades de processamento,
a renda obtida com o imbu é uma garantia de sobrevivência no Sertão, mesmo em
anos de seca severa.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
A safra do imbuzeiro no Sertão do Nordeste em 2013
Imbuzeiro em época de colheita
Cascudo na flor do imbu
Venda de imbu a granel
Agricultora na venda do imbu
Agricultor vendendo imbu
Agricultor e filha vendendo imbu
As fotos
Nestas fotografias, podemos
observar agricultores da comunidade de Riacho do Sobrado no município de Casa
Nova, BA, vendendo frutos do imbuzeiro na feira livre de Areia Branca em
Petrolina, PE.
Os fatos
Embora a região semiárida do
Nordeste tenha sofrido bastante com a seca que afetou toda a agricultura e
pecuária em 2012, a safra do imbuzeiro está em pleno andamento em algumas
regiões do Sertão. Neste momento, em muitas comunidades do Sertão, a colheita e
venda do imbu é uma das principais fontes de renda dos agricultores. Este ano, na
região do Sertão da Bahia e Pernambuco, a safra teve início na última quinzena
de janeiro, isto, principalmente pela falta de chuvas nos meses de novembro e
dezembro. As chuvas desses meses servem para que os frutos cresçam e já estejam
maduros no final do ano. A seca de 2012 afetou severamente a produção do
imbuzeiro, pois, na época das flores que vai de agosto a setembro, não existia
outras plantas em floração na caatinga em função da seca e um inseto chamado “cascudo”,
juntamente com as altas temperaturas provocaram grandes danos aos botões
florais do imbu com reduções significativas na produção deste ano. Todavia,
mesmo com a seca, mais uma vez ficou provado que o imbuzeiro tem capacidade de
sobrevivência no Sertão e pode contribuir substancialmente com a renda dos
agricultores da região. O negócio com o imbu
na região semiárida do Nordeste, que vai da colheita, comercialização,
processamento de doces e polpas, chegam a rende mais de R$ 6 milhões ao ano
para economia regional. O extrativismo do fruto do imbuzeiro é praticado nos
Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e na
parte semiárida de Minas Gerais, sendo o Estado da Bahia o maior produtor com
uma média 10.000 toneladas colhidas por ano. As irregularidades climáticas que
afetaram a região Nordeste em 2012 impossibilitaram a produção de muitas
culturas e a morte de muitos animais, causando perdas irrecuperáveis para os
agricultores. Embora a safra deste ano seja menor, o preço que os
agricultores vem obtendo é maior que em
anos de safra regular, isto é, normalmente o litro de imbu é comercializado a
R$ 0,50 e neste ano é de R$ 2,00 o que pode proporcionar uma boa renda para os
agricultores que realizam seu extrativismo.
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