domingo, 30 de dezembro de 2012

Aquarela Nordestina





No Nordeste imenso, quando o sol calcina a terra,
Não se vê uma folha verde na baixa ou na serra.
Juriti não suspira, inhambú seu canto encerra.
Não se vê uma folha verde na baixa ou na serra.

Acauã, bem no alto do pau-ferro, canta forte,
Como que reclamando nossa falta de sorte.
Asa branca, sedenta, vai chegando na bebida.
Não tem água a lagoa, já está ressequida.

E o sol vai queimando o brejo, o sertão, cariri e agreste.
Ai, ai, meu Deus, tenha pena do Nordeste.

Laiá laiá laiá,...

No Nordeste imenso, quando o sol calcina a terra,
Não se vê uma folha verde na baixa ou na serra.
Juriti não suspira, inhambú seu canto encerra.
Não se vê uma folha verde na baixa ou na serra.

Acauã, bem no alto do pau-ferro, canta forte,
Como que reclamando nossa falta de sorte.
Asa branca, sedenta, vai chegando na bebida.
Não tem água a lagoa, já está ressequida.

E o sol vai queimando o brejo, o sertão, cariri e agreste.
Ai, ai, meu Deus, tenha pena do Nordeste.

Laiá laiá laiá,...

Nota do Blog:
Após alguns dias de recesso, nossaterra volta a postar matérias de interesse do homem do campo. E nada mais prazeiroso do que ler o poema nordestino " Aquarela Nordestina", um clássico de Luiz Gonzaga, que retrata de forma contundente a situação por que passa o nosso nordeste brasileiro.
Feliz ano novo nação nordestina. Feliz ano novo região central. Feliz ano novo agricultor sofrido, esquecido, porém, bravo e ordeiro.

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