Gigantes brasileiros
Entre
1976 a 2010, a área plantada com grãos cresceu somente 27%, mas a
produção aumentou 273%, ou seja, houve um formidável ganho para o povo
brasileiro, devido à introdução de mais tecnologia. Hoje, em um mesmo
hectare, o agricultor produz 2,5 vezes mais milho, trigo, arroz, soja e
feijão. Em 1970, um agricultor brasileiro produzia alimentos para 73
pessoas, mas em 2010 já produzia para 155!
As
cifras indicam que o ruralista não está desmatando, desperdiçando, ou
destruindo. Pelo contrário, está aprendendo a utilizar suas terras com
mais tecnologia e intensidade. Não se pode esquecer que, enquanto o
Brasil produz 160 milhões de toneladas, os Estados Unidos produzem 600
milhões e, por isso, é a maior e mais fantástica potência mundial. O
Brasil tem que chegar lá! Tem tudo para chegar e a escalada começa pelo
correto uso das terras. Por isso, há incríveis forças internacionais
tentando atrasar o futuro do Brasil e, pitorescamente, muitos políticos,
autoridades, ONGs e parte da imprensa aceitam fazer o jogo sujo
internacional do atraso.
Ora,
o ruralista é o maior interessado na preservação e bom uso de suas
terras, para evitar dar um tiro no pé. Em 30 anos, o Brasil deixou de
ser importador de alimentos para se tornar um dos maiores exportadores e
ainda está longe do que virá a ser um dia.
Remando
ao contrário, o Governo conseguiu até agora trancafiar 71% do
território como “área protegida” - uma tolice que terá que ser
resolvida, no futuro, por governantes “mais brasileiros”, uma vez que a
média mundial de proteção é de 12%. Somente 29% do Brasil está colocado à
disposição dos ruralistas, enquanto a média mundial é de 88% - um
contrassenso, uma vez que o mundo olha o chão brasileiro com olhos
gulosos e famintos.
Assim,
está óbvio que a idéia governamental de punir e proibir o sucesso rural
pouco tem a ver com a realidade socioeconômica do país e com a própria
história. O tão falado Código Florestal, se mal aplicado, colocará
milhões de pequenas e médias propriedades na ilegalidade, servindo de
banquete para fiscais corruptos. O Código Florestal deveria, sim, passar
por uma implementação vigorosa, mas a médio e longo prazos, para dar
tempo de adequação, sem punir os bons produtores. Falta ao Brasil a
palavra “estímulo” enquanto sobra a palavra “punição” aos que produzem
riquezas para todos. Há, incrivelmente, uma enorme e obsessiva dedicação
governamental a quem não produz e um certo descaso para quem produz, na
atualidade.
l Caprinos & Ovinos
- O ruralista brasileiro, o que tem seu próprio pedaço de terra e ali
produz, é um gigante, pois não recebe nem 25% das mordomias de qualquer
cidadão urbano. Pelo contrário, é caracterizado mesmo como um cidadão de
segunda classe. São mais de 4,5 milhões de pequenas e médias
propriedades que dificilmente conseguem ou conseguirão diplomar os
filhos em escolas adequadas, embora produzam tantas riquezas!
Ao
mesmo tempo, há o gado Zebu, que permitiu a abertura de todo país: um
gigante! Também há os heróis regionais: caprinos e ovinos deslanados no
Nordeste; ovinos lanados no extremo Sul, etc. São gigantes que
sobreviveram e sobrevivem, a todo momento, diante das peripécias
provocadas por medidas escorchantes de Crédito Rural e de privilégios
para o setor urbano. Por não concentrar votos, o setor rural sofre
constante punição, apesar das peripécias climáticas.
O
Brasil, portanto, é terra de gigantes que, mesmo sem os clarins da
imprensa, vai garantindo ao país uma lucrativa ocupação das terras,
abrindo estradas e cidades, rumo ao futuro.
l GMBC
- A Editora Agropecuária Tropical, tendo iniciado em Campina Grande
(PB), em 1976, tornou-se a maior publicadora de livros técnicos da
pecuária dos trópicos, oficializados pelas entidades de classe, tanto de
raças zebuínas como taurinas. Também dedicou-se à expansão da
caprino-ovinocultura, fundando a revista O BERRO, lançando livros
específicos. Foi a presença da revista O Berro na maioria dos currais
brasileiros que permitiu uma grande aceleração na modernização da
criação de caprinos e ovinos.
Hoje,
o criador brasileiro tem conhecimento do que acontece no mundo, lê
sobre a cultura religiosa, econômica, folclórica, de outros países, no
tocante às raças bovinas, caprinas e ovinas. As publicações da Editora
levam cultura geral e técnica para dentro das porteiras, com eficácia.
Agora,
diante da necessidade de ganhar mais velocidade e implementar modernos
mecanismos de comunicação, para atender os gigantes do mundo rural, a
Editora filia-se à GMBC, tendo em vista atingir o mercado internacional
referente a caprinos e ovinos e vários outros. Expansão necessária rumo
ao futuro.
A
estrutura administrativa passa para a GMBC; a estrutura editorial
permanece com a mesma equipe, mantendo o mesmo ritmo e relacionamentos
com leitores, articulistas e criadores em geral. Muitas novidades
estarão surgindo nos próximos meses. Todos os documentos fiscais,
legais, etc. serão emitidos em nome da GMBC; todas as reportagens, fotos
e filmes serão mantidos pela equipe tradicional.
Assim,
para os leitores, não há nenhuma modificação. Esta união caracteriza um
esforço para atender os gigantes do Brasil rural, cada vez com mais
eficiência.
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