A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB) criará, na Unidade Demonstrativa do Programa Água Doce, em Aroeiras, a 54 km de Campina Grande, uma área de plantio e irrigação de forrageira para alimentos de caprinos e ovinos. Com o processo, que será acompanhado pelo engenheiro agrônomo José Marinho de Lima, especialista em irrigação, os criadores aprenderão como produzir o alimento de seus rebanhos em suas próprias terras.
O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com diversas instituições federais, estaduais, municipais e a sociedade civil. O objetivo é facilitar o acesso à água de qualidade para o consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados ambientais e sociais na gestão de sistemas de dessalinização.
O projeto da forrageira é uma iniciativa da Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia (Sermahct) e da Agência Executiva da Gestão das Águas do Estado da Paraíba, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.
Como funciona – Em 2011, o PAD foi contemplado pelo Plano Brasil sem Miséria. Uma Unidade Demonstrativa, como esta do assentamento Sítio Cachoeira Grande, em Aroeiras, é um sistema de produção integrado de forma sustentável por três subsistemas interdependentes.
No primeiro momento, a água é captada por meio de poço profundo, enviada a um dessalinizador e, em seguida, armazenada em um reservatório para distribuição. No segundo momento, o efluente do dessalinizador (concentrado, água muito salina), é então utilizado para o cultivo da tilápia. No terceiro momento, o concentrado dessa criação, rico em matéria orgânica, é aproveitado para a irrigação da erva-sal (Atriplex nummularia), que, por sua vez, é utilizada na produção de feno para a alimentação de ovinos e caprinos da região, fechando assim o sistema de produção ambientalmente sustentável.
Entre as atividades já desenvolvidas estão o peixamento dos tanques de produção, o treinamento da comunidade (pessoas escolhidas pela Comissão Local de Gestão do PAD na comunidade) para operar a Unidade Demonstrativa, biometria dos peixes, mobilização social e sustentabilidade ambiental para a gestão, com a negociação do acordo de gestão para operação da Unidade Demonstrativa, com participação da comunidade, Prefeitura e Estado.
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