Cada família receberá um saco de 10kg de sementes de milho, 5kg de feijão e um kit de hortaliças, além de material com orientações obre o plantio. Também serão fornecidas minibibliotecas da Embrapa e o programa de rádio Prosa Rural. As famílias serão acompanhadas por agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).
Ao todo a Embrapa vai fornecer 2.365 quilos de sementes de hortaliças (quiabo, pepino, cenoura, cebolinha, tomate, repolho, alface, coentro e couve) desenvolvidas pelos programas de melhoramento. Em 2012, as famílias recebem as sementes de feijão (100 mil quilos) e milho (50 mil quilos).
Além do semiárido mineiro, os estados contemplados são: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Uma das estratégias do Plano Brasil Sem Miséria é a inclusão produtiva das famílias agricultoras que vivem em situação de extrema pobreza no meio rural. Para isso, o Governo Federal ampliou um conjunto de políticas e criou novas alternativas para essa inclusão. "Uma dessas ações é o acompanhamento técnico dessas famílias como forma a garantir qualidade do produto", destacou o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller. "As sementes têm uma papel central porque são elas que vão garantir essa produção com qualidade".
A meta é garantir, a partir da entrega das sementes, uma produção que gere excedentes para o consumo e, sobretudo, para a comercialização. "E com isso, melhorar a qualidade de vida e aumentar a renda dos agricultores familares", completa.
Laudemir destaca que essas sementes são exemplares que geram produtividade maior do que sementes comuns. A gerente de sementes da Embrapa Transferência de Tecnologias, Soraia Barrios, reafirma a qualidade do produto. “Essas sementes, além de serem adaptadas à região, têm melhor germinação e produtividade do que as comuns". Serão atendidas 43 mil famílias com renda familiar de até R$ 70, por pessoa.
A distribuição de sementes é resultado da cooperação técnica entre os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Desenvolvimento Social (MDS) e a Embrapa.
Inclusão social e produtiva
O Brasil Sem Miséria foi lançado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 2 de junho. Para o meio rural, a prioridade é a inclusão produtiva, com estruturação da capacidade de produção da agricultura familiar por meio de assistência técnica diferenciada e fomento para geração de renda.
O Brasil Sem Miséria alia transferência de renda, acesso a serviços públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva. O conjunto de ações envolve a criação de novos programas e a ampliação de iniciativas existentes, em parceria com estados, municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil.
O objetivo é incluir a população mais pobre nas oportunidades geradas pelo forte crescimento econômico brasileiro, elevando a renda e as condições de bem-estar da população. Por meio da busca ativa, equipes de profissionais vão localizar, cadastrar e incluir as famílias nos programas sociais.
O Brasil Sem Miséria é direcionado aos brasileiros que vivem em lares cuja renda familiar é de até R$ 70 por pessoa. Do público-alvo, 59% estão no Nordeste, 40% têm até 14 anos e 47% vivem na área rural.
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