quarta-feira, 27 de abril de 2011

Notícias do PRODECENTRO-Áreas Degradadas

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06/04/2011 - A Embrapa Agrobiologia lançou o “Manual para recuperação de áreas degradadas por extração de piçarra na Caatinga”. A publicação apresenta os principais resultados práticos do projeto pioneiro, realizado nos últimos quatro anos, em parceria com a Petrobras UO-RNCE (Unidade Operacional - Rio Grande do Norte e Ceará) e a Universidade Federal Rural do Semiárido para revegetação destas áreas no Rio Grande do Norte. O projeto utilizou como base a tecnologia de recuperação de solos degradados, já desenvolvida pela Embrapa e aplicada com sucesso em outras regiões do país.
Dividido em quatro capítulos, o manual, inédito, pretende ser um balizador para a recuperação de áreas degradadas na Caatinga. O primeiro capítulo faz uma abordagem sobre os principais aspectos geofisiográficos deste bioma e sua degradação. O segundo aborda, em detalhes, todo o processo de produção de mudas de espécies florestais com potencial de uso na revegetação dessas áreas. Na sequência, são abordados aspectos práticos para a recuperação de jazidas de extração de piçarra, incluindo o ordenamento e a preparação da área, a aplicação de solo superficial e o plantio de mudas.
No quarto e último capitulo, são relatados os principais resultados de um estudo piloto que avaliou, em seis jazidas de piçarra com características distintas, a adaptação e o desenvolvimento de diferentes espécies arbóreas, assim como a adequação da aplicação de solo superficial como possível acelerador do processo de recuperação ambiental dessas áreas.
A equipe responsável pelo projeto acredita que serão necessários estudos adicionais para aperfeiçoamento da tecnologia, como, por exemplo, a seleção de novas espécies vegetais. Mas por outro lado, há um consenso de que, com o nível de conhecimento atual, já é possível recuperar essas áreas de extração de piçarra na Caatinga com espécies predominantemente nativas da flora desse bioma.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga apresenta uma das maiores áreas sujeitas a desertificação no Brasil. Esse bioma tem perdido suas características devido ao uso irracional das atividades socioeconômicas, que vão desde a exploração de madeira para combustível até a substituição da vegetação nativa por práticas agrícolas inapropriadas.

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