OBS
DO BLOG FERNANDO-AVERDADE: Veja Angicos quem sabe administrar. Não
percam a oportunidade de elegerem para Prefeito em Lajes-RN .Idalécio
Pinheiro de Figueiredo. e em Angicos Marcone Angicano. Vou segurar esta
bandeira no próximo ano.
Dr. Marcone Angicano
(Presidente da APASA)
A Associação dos Pequenos Produtores do Sertão do Cabugi - Nota do Blog: Concordo com você amigo Fernando Soares.
Imagem: Divulgação Para
dar suporte técnico e logístico ao projetoMulheres em Rede, a
Secretaria de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária do RN
(Seara/RN) irá assinar Termo de Cooperação com a Associação de
Comercialização Solidária Xique Xique nesta quinta- feira (28), em
Mossoró.
O evento será realizado no Teatro Lauro Monte Filho, às
10h, diz a informação antecipada pela assessoria de imprensa do Governo
do Estado. A assinatura do Termo de Cooperação com a Rede Xique Xique
tem por objeto oferecer apoio técnico e auxílio logístico para cooperar
com o desenvolvimento das ações do projeto Mulheres em Rede:
fortalecendo a auto-organização, produção, comercialização e autonomia
socioeconômica nos processos de comercialização, inserção dos produtos
oriundos da agricultura familiar no mercado, acompanhamento das
atividades de formação, e da certificação participativa da produção
orgânica. As atividades que serão desenvolvidas no projeto serão de
produção agroecológica, comercialização e implantação de tecnologias
sociais de convivência com o semiárido, tais como o sistema de reuso de
água, banco de sementes crioulas e energia solar. A realização terá
vigência de 12 meses, podendo ser prorrogado em caso de interesse entre
as duas instituições, e será executado nos municípios de Mossoró, São
Miguel, São Miguel do Gostoso, Apodi, Messias Targino, Janduís, Baraúna,
Grossos, Tibau e Governador Dix- sept Rosado. O titular da
Secretaria, Alexandre lima, projeta que as ações do projeto possam
chegar aos mais de 300 agricultores familiares que serão beneficiados.
Leite
LEITE/CEPEA: Preço sobe mais de 10% em fev/19 e atinge recorde para o mês
Preço do leite ao produtor se elevou expressivos 10,2% de janeiro para fevereiro
O preço do leite
ao produtor se elevou expressivos 10,2% de janeiro para fevereiro.
Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada), da Esalq/USP, a “Média Brasil” líquida de fevereiro
(referente à captação de janeiro) foi de R$ 1,4146/litro, 13 centavos a
mais do que no mês anterior e 33,8% acima do valor registrado no mesmo
período de 2018. Trata-se da maior média para um mês de fevereiro, em
termos reais (os valores da série histórica do Cepea, iniciada em 2004,
foram deflacionados pelo IPCA de janeiro/19).A intensificação do movimento de alta no
campo esteve atrelada à oferta limitada em janeiro e ao aumento da
competição entre empresas para assegurar a compra de matéria-prima. O
volume captado em janeiro ficou abaixo das expectativas dos agentes. O
Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) registrou queda de 3% na
“Média Brasil” de dezembro para janeiro.Segundo agentes consultados pelo Cepea, a
menor captação neste início de ano esteve vinculada a diversos fatores. A
estiagem no Sudeste e Centro-Oeste e o excesso de chuvas no Sul
prejudicaram a atividade. Outro ponto que afetou a oferta no campo foi o
desestímulo de produtores no final do ano passado, tendo em vista a
queda da receita e a alta nos custos de produção. Além disso, no
encerramento de 2018, as assimetrias de informações e ações
especulativas diminuíram a confiança de produtores em seguir aumentando a
produção.Próximos meses – A
expectativa de colaboradores do Cepea é de que, em março, os preços
continuem em alta, mas em menor intensidade. A expressiva valorização do
leite ao produtor já no início do ano desperta alerta sobre a
sustentação desse movimento. Vale lembrar que, em 2017, a oferta
limitada de leite impulsionou as cotações no início do ano, mas o
desequilíbrio entre oferta e demanda fez os valores despencarem a partir
de junho. O que difere o cenário atual do daquele ano é,
principalmente, o contexto econômico, que mostra recuperação do consumo e
aumento do poder de compra das famílias. O aquecimento da demanda pode
facilitar a absorção da valorização dos derivados e evitar que os preços
no campo despenquem. No entanto, houve maior oscilação dos valores de
derivados, como UHT e muçarela, na negociação entre indústria e atacado
no correr de fevereiro, sugerindo certa dificuldade em ultrapassar os
atuais patamares de preços.
Se a demanda conseguir absorver a alta da
matéria-prima, o ajuste da oferta pode ocorrer no curto prazo. É
importante ressaltar que grande parte do rebanho brasileiro apresenta
produtividade muito abaixo do potencial e que, com preços do leite em
alta, há maior estímulo nutricional e aumento da produção. Além disso, a
perspectiva é de preços mais atrativos de milho nos próximos meses,
principalmente a partir de junho. Por outro lado, o fenômeno El Niño
pode prejudicar a produção neste ano.
Assim, é importante que produtores e
indústrias dialoguem para planejar suas atividades e aumentar a
previsibilidade, evitando especulações e assimetrias de informação.
Esses são gargalos importantes que podem intensificar o descompasso
entre oferta e demanda e resultar em aumento exagerado da volatilidade
dos preços neste ano.
Importante: Em 2020, Cepea deixará de calcular preço bruto do leite ao produtor
Os preços brutos do leite ao produtor
deixarão de ser calculados pelo Cepea a partir de 2020. Isso porque o
cálculo do preço bruto inclui, além do preço do leite recebido pelo
produtor, impostos e frete e essas duas variáveis são exógenas ao valor,
de modo que as suas variações podem afetar o cálculo da média final sem
que isso reflita o mercado. Além disso, há grande heterogeneidade nas
condições de aplicação de ambas as variáveis, dificultando a comparação
entre médias. O Cepea recomenda a utilização dos preços líquidos para
análises e negociações. Além disso, é importante ressaltar que, devido à
natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações
nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável,
portanto, que o setor esteja precavido desses aspectos ao utilizar os
dados.
Previdência
“A reforma da previdência é uma proposta de Estado e não de governo”, diz presidente da FPA
Reforma
da Previdência foi o tema principal do encontro, que recebeu o
secretário Especial da Previdência Social, Rogério Marinho
O presidente da
Frente Parlamentar da Agropecuária, Alceu Moreira (MDB-RS), foi enfático
durante a reunião semanal da bancada de uma forma geral, a Frente apoia
as mudanças previdenciárias proposta pelo governo federal, mas é
necessário analisar alguns pontos e fazer as contas. Para Moreira, o que
foi apresentado é um projeto e, como tal, precisa de um debate, com
alguns questionamentos. O encontro ocorreu nessa terça-feira.
O deputado afirmou que não há nenhuma
necessidade de tomar posição definitiva sobre qualquer tema neste
momento. “Não fizemos ainda ressalva alguma. Vamos discutir a área da
agricultura detalhadamente, reunir as assessorias técnicas e fazer um
debate, inclusive com cálculo de impacto, e só então emitiremos
opinião”, disse.
A reforma da Previdência (PEC 06/19) foi o
tema principal do encontro, que recebeu o secretário Especial da
Previdência Social, Rogério Marinho, como representante do Executivo.
Marinho pôde expor os pontos relevantes da PEC, principalmente aqueles
relacionados aos trabalhadores rurais, aos 51 parlamentares presentes.
Uma das mudanças da reforma que impacta o
setor rural mais debatida foram as medidas para evitar as fraudes nas
aposentadorias dos trabalhadores do campo. Se a PEC for aprovada, o
núcleo familiar rural precisará contribuir no mínimo R$ 600,00 anuais
para ter direito ao benefício como segurado especial. Unidade familiar é
o trabalhador rural, cônjuge ou companheiros, filhos maiores de 16
anos, que exerça atividade em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes.
“Nós temos mais de nove milhões de pessoas
que se aposentaram ou são pensionistas rurais e o IBGE só identifica
pouco mais de seis milhões de brasileiros que se dizem rurais. Se você
desconsiderar o fluxo de pessoas que têm 20, 30 anos que são rurais e
não se aposentaram ainda, é evidente que há uma fragilidade
extraordinária no cadastro que propiciou esta aposentadoria especial”,
afirmou o secretário. Ele lembrou ainda das condições físicas e
climáticas que o trabalhador do campo é submetido e, por isso, precisa
de um tratamento diferenciado, porém, segundo ele, muita gente tem
burlado o sistema.
A outra questão levantada na reunião foi a
dos benefícios de prestação continuada (BPC) ou benefícios
assistenciais, concedidos a idosos em condição de miserabilidade. Hoje, o
beneficiário recebe um salário mínimo (R$ 998) e é pago a partir de 65
anos. Com a nova proposta, a assistência passa a ser concedida aos 60
anos, no valor de R$ 400, chegando ao valor do salário mínimo somente a
partir dos 70 anos.
Os parlamentares lembraram que é muito
importante diferenciar o que é assistência e o que é previdência, pois o
trabalhador rural idoso que se encaixa no BPC muitas vezes contribui
com a previdência por alguns anos.
A questão da ampliação do tempo de
contribuição mínima do trabalhador rural de 15 para 20 anos também foi
levantada. “Um trabalhador rural que chega na idade da aposentadoria é
um a pessoa que fisicamente traz problemas, por não ter tido orientação
na juventude”, explicou Evair de Mello (PP/ES), 2º vice-presidente da
FPA na Câmara.
O secretário enfatizou que as possíveis
modificações, dentro da visão do governo, devem levar em consideração a
espinha dorsal do projeto “que é basicamente termos um sistema justo,
onde os que recebem mais pagam mais e o que recebem menos pagam menos,
com o ataque aos privilégios e às fraudes e a cobrança de dívidas dos
grandes devedores”.
Para o deputado Sérgio Souza (MDB-PR),
vice-presidente da FPA na Câmara dos Deputados, será necessário fazer
alguns ajustes à proposta. “Nós somos favoráveis à reforma da
Previdência, entendemos que é extremamente necessária para o
desenvolvimento do país. Os debates serão feitos durante a tramitação da
proposta no Congresso para que possamos melhorar o texto”, disse.
NOTA DO BLOG: Com relação a reforma da previdência, a classe trabalhadora rural quer apenas justiça. Que não seja prejudicada em detrimento de outras categorias. O trabalhador rural quando completa 60 anos, geralmente tem problemas de saude, como: coluna, problema na visão, câncer de pele, devido a exposição diária ao sol. Todos esses requezitos tem que serem analisados.
Os
preparativos para a silagem de milho para a próxima estação já estão
perto e por isso, o pesquisador André Pedroso, da Embrapa Pecuária
Sudeste (São Carlos, SP), faz algumas recomendações técnicas sobre esse
processo. Ele explica que a silagem é uma das forragens mais caras e sua
produção precisa ser planejada com muito critério. “Às vezes não se
justifica. Depende do tamanho e nível de produção do rebanho, da
topografia, da capacidade de investimento em máquinas, entre outros
fatores”, afirmou. Para tomar a decisão correta, é preciso fazer contas.
De acordo com André, há situações em que é mais vantajoso o
pecuarista optar pela cana-de-açúcar ou outro volumoso de custo mais
baixo, priorizando uma alimentação de menor risco e menor custo. “Não
adianta produzir silagem, que é cara, com qualidade ruim”, alerta.
De acordo com o pesquisador, é muito importante que se pense no
processo todo, e não apenas na colheita, picagem e no armazenamento. “O
pecuarista precisa ter consciência e produzir uma lavoura de boa
qualidade, como se fosse para a produção de grãos mesmo. Uma lavoura de
milho de baixa qualidade vai afetar a produtividade da silagem,
aumentando o custo final do produto”, explicou André.
Um cuidado que deve ser tomado é a definição do ponto de colheita. “O
milho deve ser colhido quando a metade superior dos grãos está no ponto
farináceo e a metade inferior ainda leitosa. Isto geralmente ocorre 30
dias após o ‘ponto de pamonha’, sendo que as palhas externas das espigas
normalmente já se encontram amareladas e os grãos do meio das espigas
estão dentados”, disse o pesquisador.
Segundo ele, para descobrir o ponto ideal o produtor deve partir
algumas espigas ao meio e apertar os grãos medianos com os dedos, ou
fazer um corte transversal no grão, para poder avaliar.
“O ponto de colheita não deve ser determinado pelo aspecto visual da
lavoura. Uma eventual deficiência de potássio no solo, por exemplo, pode
fazer o pé de milho secar na parte baixa. O produtor acha que está na
hora de colher, mas não está”, afirmou. Em casos de lavouras grandes, o
ideal é fazer o plantio escalonado para que a colheita ocorra no momento
certo ou optar por variedades mais precoces conjugadas às mais tardias.
De acordo com o pesquisador, depois de definido o ponto de colheita, o
produtor precisa estar atento ao maquinário que vai utilizar. “As
máquinas devem estar bem reguladas para uma picagem uniforme. O tamanho
das partículas deve ser entre 0,5cm e 1cm. Por isso as lâminas devem
estar bem amoladas.”
O enchimento e a compactação do silo devem ocorrer da forma mais
rápida possível. A distribuição da silagem precisa ser constante, bem
como a compactação de camadas finas. As camadas de milho picado devem
ter no máximo 30cm a 40cm de espessura e todas precisam estar bem
compactadas.
“Em silos tipo ‘trincheira’, a compactação deve ser feita com
tratores de pneu, sendo que o efeito da compactação é efetivo apenas na
camada superior, de 30cm a 40 cm de espessura, de forma que a
compactação deve ser feita de forma constante, à medida que a forragem é
colocada no silo. É praticamente impossível melhorar a compactação de
uma camada que não tenha sido compactada adequadamente, e que já tenha
sido coberta por camadas subsequentes. A velocidade de chegada de
forragem ao silo deve ser compatível com a capacidade de compactação.
Silos que não possam ser fechados no mesmo dia devem ser enchido pelo
‘sistema de rampa’ para que as camadas de forragem que vão sendo
compactadas no silo sejam isoladas do ar o mais rapidamente possível”,
explica André.
Após o fechamento com lona de dupla face – branca na parte exposta e
preta na parte de baixo, que fica em contato com a silagem –, começa o
processo natural de fermentação e a produção de ácidos a partir de
açúcares presentes na forragem ensilada. O pesquisador da Embrapa
explica que o abaixamento do pH para aproximadamente 4 e a ausência de
ar permite a conservação da silagem por período indeterminado. “Há casos
de silagens mais antigas, bem conservadas, que têm mais qualidade do
que silagens novas.” A lona de dupla face evita a incidência de raios
ultravioletas. Os produtores devem tomar cuidado para que animais não
caminhem em cima dos silos, danificando as lonas.
Descoberta em Sergipe cigarrinha capaz de transmitir doença grave do coqueiro
Equipe internacional identificou a nova espécie potencial ameaça aos coqueirais
Pesquisadores
descobriram, em Sergipe, uma nova espécie de cigarrinha capaz de
hospedar o agente causador do Amarelecimento Letal do Coqueiro (ALC), grave doença que pode chegar ao Brasil e que já se encontra em alerta sanitário desde 2013.
Batizada de Oecleus sergipensis
(em alusão ao nome do estado onde foi descoberta), é a primeira
cigarrinha do gênero Oecleus Stål com ocorrência registrada em
território brasileiro.
Sua descoberta é resultado de um esforço
internacional de pesquisa para identificar potenciais vetores do ALC em
regiões produtoras de coco. Os estudos envolvem a Embrapa,
universidades e instituições de pesquisa do Brasil e do exterior, como o
Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o
Desenvolvimento (Cirad), da França; e o Centro de Pesquisa Científica de Yucatã (CICY), no México.
São
responsáveis pela descoberta as bolsistas Flaviana Gonçalves da Silva,
de doutorado pela Coordenadora de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes); e Eliana Maria dos Passos, de pós-doutorado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sob orientação do pesquisador Leandro Diniz, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE). Também integra o grupo o pesquisador Michel Dollet, do Cirad, que atua em cooperação no Brasil desde 2014.
Esses e outros resultados de pesquisa são frutos dos projetos ”Aprimoramento do conhecimento científico sobre o amarelecimento letal do coqueiro e outras doenças em palmeiras”, liderado pela Embrapa, e da rede de cooperação científica internacional mantida na plataforma Marketplace, que congrega pesquisadores da Embrapa e outras instituições.
Os
espécimes foram coletados entre 2015 e 2016 nos bancos genéticos de
coqueiro que a Embrapa mantém no município de Neópolis, no Baixo São
Francisco Sergipano, e em Itaporanga d’Ajuda, no litoral sul do estado,
além do parque Augusto Franco, localizado ao lado da Unidade da Embrapa,
na capital sergipana.
No Brasil, foi realizada a identificação
molecular da nova espécie, por meio da caracterização genética. A
confirmação de identificação morfológica da nova espécie foi feita pelo
pesquisador do Departamento de Entomologia da Universidade de Delaware (Udel), Estados Unidos, Charles Bartlett, considerado o maior especialista no gênero Oecleus Stål no mundo.
O cientista americano assina, com as duas bolsistas, o pesquisador da Embrapa e o cientista francês, o artigo publicado na revista internacional Zootaxa, especializada em identificação de espécies animais, no qual a nova cigarrinha é descrita.
Pesquisadores do Cirad, França, e da Embrapa explicam a doença do amarelecimento letal do coqueiro (ALC)
Potencial vetor do ALC
Até o momento, o único agente transmissor cientificamente confirmado do amarelecimento letal é a cigarrinha da espécie Haplaxius crudus.
Nas
expedições de coletas de cigarrinhas feitas em 2015 e 2016 pelos
pesquisadores em Sergipe, Bahia e Alagoas, foram capturados milhares de
indivíduos, mas nenhum do gênero Haplaxius. Espécimes desse
gênero, contudo, foram encontrados em número elevado (aproximadamente
97%) durante uma visita de duas semanas a áreas produtoras do Pará, em
2016.
“Na época, fizemos a notificação às autoridades fitossanitárias do estado, bem como ao Ministério da Agricultura (Mapa).
Esse se configurou como o primeiro registro oficial da presença do
vetor conhecido do ALC no Brasil”, conta o pesquisador Marcelo
Fernandes, chefe-geral interino da Embrapa Tabuleiros Costeiros e membro
do projeto em rede.
Um fato que chama a atenção dos cientistas é
a presença do ALC em plantações de coqueiro em países da África, apesar
de não haver qualquer registro da ocorrência de cigarrinhas dos gêneros
Haplaxius ou Oecleus Stål. Isso aumenta as suspeitas de que outros gêneros e espécies tenham potencial para transmitir a doença.
No caso da Oecleus
Stål, testes de transmissibilidade em ambiente controlado com apoio da
CICY, no México, onde a doença já ocorre, deverão confirmar ou não a
possibilidade de essas cigarrinhas atuarem como vetores.
Os
pesquisadores verificaram que a cigarrinha descoberta em Sergipe possui
hábitos alimentares semelhantes ao vetor conhecido, que suga a seiva
elaborada da planta, onde, caso ela esteja infectada, encontra-se o
fitoplasma (bactéria parasitária desprovida de parede celular).
Levantamentos
e estudos conduzidos no México pelo pesquisador Carlos Oropeza, do
CICY, já apontaram a presença do fitoplasma no trato digestivo de
cigarrinhas do gênero Oecleus Stål capturadas em plantios de coqueiro naquele país.
Essas
descobertas feitas pela rede de pesquisa elevam ainda mais a
preocupação e o nível de alerta para uma eventual chegada da doença ao
Brasil, onde as plantações de coqueiros e outras palmáceas têm
importância econômica e paisagística.
A doença
O
amarelecimento letal do coqueiro é uma doença causada por um
microrganismo do tipo fitoplasma que se dissemina por meio de insetos
vetores, os quais se alimentam das folhas e do floema (seiva elaborada)
de palmáceas, levando o agente causador de uma planta para outra.
Esse
mal atinge coqueirais e palmeiras da África, Costa Atlântica, várias
ilhas da América do Norte e Central e já se encontra no México e
Honduras.
Quando o ALC acomete uma área, a paisagem muda em
questão de meses. Os coqueirais afetados ficam, na fase final da doença,
com os estipes (nome dado ao tronco do coqueiro) sem folhas, lembrando
postes, e a imagem contrasta com os cartões postais de praias tropicais.
Milhões de palmeiras mortas no Caribe
A
doença foi responsável pela morte de mais de sete milhões de palmeiras
na Jamaica em 1980. Epidemias similares a essa ocorreram também em Cuba,
Haiti, República Dominicana, Bahamas e Flórida. Em 1997 a doença chegou
a Cozumel e Cancun, no México, e seguiu pela península de Yucatán até
Honduras. Nos últimos 30 anos, cerca de 50% dos coqueiros da Flórida e
80% dos da Jamaica morreram em consequência do Amarelecimento Letal.
As
plantas infectadas morrem em um período de três a seis meses após o
aparecimento dos primeiros sintomas. Não existem tratamentos eficientes
para o controle dessa doença.
De acordo com Michel Dollet, é
impossível prever por onde ou quando a doença poderá chegar ao Brasil.
"O Amarelecimento Letal pode chegar via América Central, Caribe ou
diretamente da Flórida (EUA) ou de Moçambique, na África. Muitos focos
são resultantes de importação sem controle que introduzem a doença e seu
inseto vetor", explica.
Sistema de alerta
Uma
das iniciativas do projeto liderado pela Embrapa foi a edição de um
boletim de alerta para a doença, que teve distribuição massificada entre
produtores, agentes de defesa agropecuária e assistentes técnicos das
regiões produtoras. A publicação está disponível online desde 2015.
Agentes
de defesa agropecuária dos estados produtores e com potencial para
aparecimento da doença, como Sergipe, Roraima e Pará, foram treinados
pelos pesquisadores para reconhecer os sintomas e realizar a coleta de
forma adequada das partes das plantas para reconhecimento em
laboratório.
Outra ação do projeto foi promover a preparação de
três laboratórios no País para receberem as amostras e realizarem os
testes fitopatológicos para a identificação segura e precisa do
fitoplasma que causa o ALC.
Foi iniciada em 2018 a instalação de
plantações sentinelas em áreas com potencial para o aparecimento da
doença no Brasil. Essas parcelas serão monitoradas continuamente para a
rápida detecção caso a doença surja.
Os sintomas aparecem em
sequência, começando pela queda repentina de todos os frutos da planta,
tanto os grandes quanto os pequenos; em seguida se observa o
amarelecimento das folhas mais velhas, que estão na porção mais baixa da
planta; depois vem o escurecimento, manchas marrons e necrose das
inflorescências; no próximo estágio, há a progressão do amarelecimento
das folhas de baixo para cima – após amarelecer, a folha se torna marrom
e ocorre a sua queda; no estágio final ocorre o apodrecimento e morte
da planta, restando apenas o estipe sem folhas.
O que fazer em caso de suspeita de ALC
Assim
que o produtor perceber um ou mais coqueiros, ou outra espécie de
palmeira, com os sintomas descritos, deve fotografar as plantas e entrar
em contato com a Embrapa por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) instituiu, no fim de 2013, um plano de contingência para o Amarelecimento Letal do coqueiro. Registrado na Instrução Normativa número 47,
o plano determinou a criação do Grupo Nacional de Emergência
Fitossanitária (em que estão integrados pesquisadores da Embrapa) para
identificar, propor e articular a implementação de ações preventivas de
vigilância fitossanitária relacionadas à doença.
“O Mapa, em
articulação com a Embrapa, está promovendo levantamentos de detecção e
delimitação para avaliar a presença do vetor da doença nos estados
produtores de coco”, informa a coordenadora-geral de Proteção de Plantas
do Ministério da Agricultura, Graciane Gonçalves Magalhães Castro. Ela
conta que as ações fazem parte do Plano de Contingência para o
Amarelecimento Letal do Coqueiro.
Com a continuação do projeto,
os cientistas envolvidos continuarão fornecendo ao Ministério todas as
informações técnicas disponíveis para a elaboração de um protocolo
detalhado de identificação e controle da doença.
Viviane
Talamini, pesquisadora da Embrapa especialista em doenças do coqueiro,
alerta que só é possível determinar em definitivo se a planta está
infectada pelo Amarelecimento Letal por meio de exames em laboratórios
especializados. Por isso, ela ressalta que é importante que o produtor,
ao notar os sintomas descritos, entre em contato com a Embrapa.
O
produtor deve, também, procurar a Superintendência Federal de
Agricultura (SFA) do seu estado, que adotará os procedimentos de coleta
de amostras na plantação e as encaminhará para exames nos laboratórios,
sob a responsabilidade do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do
Ministério da Agricultura. Os contatos da Ouvidoria do Mapa em Brasília
são 0800 704 1995 e ouvidoria@agricultura.gov.br.
Os
especialistas afirmam que a única maneira de contingenciar a doença é
quando existem poucas plantas infectadas. Ao permitir que um foco da
doença se dissemine, poderá ser necessário que todas as plantas da área
sejam destruídas. Caso contrário, a doença vai se espalhar para
plantações vizinhas e poderá atingir todo o País. Os pesquisadores
ressaltam que a doença não causa qualquer problema à saúde humana e
animal.
Resistência
No
âmbito da plataforma Marketplace, com o objetivo de identificar
potencial de tolerância e resistência de variedades de coqueiro
anão-verde (usado para produção de água de coco), a Embrapa enviou
materiais do tipo anão-verde do Brasil, do banco genético mantido em
Sergipe, para plantio em campo no México, com apoio do CICY.
Em
novembro de 2018, os pesquisadores Elio Guzzo e Elias Ribeiro, da
Embrapa Tabuleiros Costeiros, visitaram áreas cultivadas no país
norte-americano para observar o comportamento do anão-verde do Brasil
diante da doença.
Eles observaram em campo que nos locais onde o
ALC ocorre e já acomete diversos coqueiros, a variedade brasileira não
apresentava os sintomas. Esse fato é um indicativo promissor de que a
variedade, largamente cultivada no Brasil, tem grande potencial de
tolerância e resistência ao fitoplasma.
Quarentenárias
Praga
ou doença quarentenária é todo organismo de natureza animal ou vegetal,
ou microrganismo que, estando presente em outros países ou regiões,
mesmo sob controle permanente, constitui ameaça à economia agrícola do
país ou região importadora exposta. A definição das pragas
quarentenárias é coordenada pelo Mapa, que mantém uma lista atualizada de quarentenárias.
Esses
organismos são geralmente exóticos e podem ser transportados de um
local para outro, auxiliados pelo homem e seus meios de transporte, por
meio do trânsito de plantas, animais ou por frutos e sementes
infestadas.
As pragas quarentenárias se agrupam em duas
categorias: A1, as pragas exóticas não presentes no País; e A2, pragas
de importância econômica potencial, já presentes no País, porém
apresentando disseminação localizada e submetidas a programa oficial de
controle.
A Associação dos Pequenos Produtores do Sertão do Cabugi - APASA, vai ser beneficiada com um projeto do programa estadual "GOVERNO CIDADÃO" recursos do Banco Mundial, para instalação de energia solar, em suas instalações. O projeto visa beneficiar a Associação, que tem um custo enorme de energia, para atender a produção de leite beneficiado e produtos similares. Para se ter uma ideia, a APASA gasta mais de 10 mil reais com energia a COSERN e apos a implantação do projeto, este custo deverá cair em aproximadamente 80%. Foi uma luta de toda a diretoria da APASA, que tendo a frente o seu presidente Marcone Angicano, atendeu todos os requezitos do programa. E mais uma conquista da Associação em prol de seus associados.
ESTIMATIVAS
Milho deve ter recuperação na oferta em 2019
"É
importante ressaltar também que, apesar da maior disponibilidade
prevista para o milho no mercado local, a compra de animais de reposição
deve ficar mais caras"
O Brasil deve registrar uma recuperação na
oferta do milho para o ano de 2019, após um ano repleto de desafios onde
foram produzidas 81 milhões de toneladas de milho na safra 2017/18,
retração de 17% no comparativo com o ciclo anterior. De acordo com o
relatório de expectativas do agronegócio brasileiro para o ano que vem,
que foi produzido pelo Rabobank, o País acabou semeando uma área
histórica, mas o resultado não foi nem um pouco satisfatório. “Além disso, o atraso no início do ciclo da soja na safra 2017/18
empurrou parte significativa da semeadura do milho segunda safra para
próximo do final da janela ideal de cultivo com redução de investimentos
ajustados pela escolha dos híbridos e adubação. Posteriormente, com as
chuvas seguindo o padrão histórico e cessando em boa parte das regiões
em maio, as lavouras ainda em desenvolvimento acabaram sentindo impactos
produtivos. O resultado foi uma produção de 54 milhões de toneladas na
safrinha 2018, 20% menor que o volume produzido no ciclo anterior”, diz o
texto. No entanto, a oferta do produto deve crescer em relação ao ano de
2018, aumentando a disponibilidade para a produção de ração animal. Além
disso, o relatório indica que ano de 2019 deve ser de resultados mais
positivos para todos os elos da cadeia de carne bovina no Brasil. “Destacam-se como principais pontos a serem observados no ano: a
continuação do crescimento das exportações, a provável aceleração do
consumo interno e o crescimento da oferta em ritmo mais lento. É
importante ressaltar também que, apesar da maior disponibilidade
prevista para o milho no mercado local, a compra de animais de reposição
deve ficar mais caras, já a partir de 2019”, conclui.
Tempo
Serviços de meteorologia agrícola serão mais direcionados para atender ao setor
Medida publicada no Diário Oficial prevê uso da pesquisa aplicada para prover o campo de informações meteorológica.
Por:
Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Para aperfeiçoar o
fornecimento de informações que sejam mais direcionadas à meteorologia
agrícola foi formado um Grupo de Trabalho com o objetivo de diagnosticar
e propor novas formas de atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento nos serviços ao setor.As informações meteorológicas e
climatológicas são primordiais para o funcionamento do Programa de
Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), Seguro da Agricultura
Familiar (Seaf), Programa de Garantia da Atividade Agropecuária
(Proagro), Garantia Safra (GS) e Zoneamento Agrícola de Risco Climáticos
(Zarc), que oferecem ao produtor a possibilidade de mitigar riscos das
perdas decorrentes de fenômenos climáticos adversos.O GT será formado por representantes da
Secretaria de Política Agrícola (SPA), Instituto Nacional de Meterologia
(Inmet), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB), Federação Nacional de Seguros Gerais,
Federação Nacional das Empresas de Resseguros. A medida saiu publicada
no Diário Oficial da União no último dia 21 de fevereiro.De acordo com o diretor do Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco de Assis Diniz, “os serviços
de meteorologia agrícola também contribuem para induzir ao uso de
tecnologias adequadas aso empreendimentos rurais, com a finalidade de
maximizar a produtividade e reduzir perdas por adversidades climáticas,
contribuindo com a estabilidade da renda”.O detalhamento e divulgação das
informações da meteorologia agrícola, de forma que se tornem mais
focados nas necessidades do setor produtivo, são relevantes para a
política agrícola.
O monitoramento, análise e previsão do
tempo e clima serão utilizados na pesquisa aplicada para prover
informações adequadas em situações climáticas adversas que afetam,
limitam ou interferem nas atividades.
O GT, coordenado pela SPA e pelo Inmet, terá prazo de 75 dias para apresentar proposta.
Tomate
TOMATE/CEPEA: clima seco reduz oferta e preços sobem
Baixo volume de tomates rasteiros nas praças nordestinas tem elevado as cotações em Irecê (BA) neste mês
O baixo volume de
tomates rasteiros nas praças nordestinas tem elevado as cotações em
Irecê (BA) neste mês, segundo informações do Hortifruti/Cepea. Na
parcial de fevereiro (de 1º a 22), o tomate foi comercializado a R$
38,30/cx, em média, alta de 121% frente a janeiro, quando os valores
estavam em R$ 17,30/cx.O motivo da oferta reduzida é que, além de
o agreste pernambucano ainda estar no início da colheita, as roças de
Irecê tiveram perdas significativas de produtividade, devido ao clima
seco. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as
chuvas de janeiro acumularam apenas 25,4 mm, 78% abaixo da normal
climatológica da região (de 117,2 mm).
A
tripanosomose é um dos maiores desafios enfrentados na bovinocultura.
Silenciosa a enfermidade é responsável por uma série de prejuízos
econômicos, associados a queda no desempenho zootécnico dos animais e as
altas taxas de mortalidade nos rebanhos afetados. Para ajudar o
produtor rural a se defender dessa doença que avança no Brasil, a
Unidade de Pecuária da Ceva Saúde Animal desenvolveu o “Guia Prático da
Tripanossomose Bovina no Brasil”. A
cartilha foi produzida com ajuda de vários especialistas, que se
reuniram para abordar o atual status sanitários dos rebanhos brasileiros
em relação à tripanossomose e informações sobre diagnóstico e
tratamento. Para
outra especialista no assunto, “Os prejuízos causados pela
tripanossomose bovina são devastadores para a pecuária de leite e de
corte. A doença é sorrateira e muitas vezes apresenta sinais clínicos
difusos, que podem ser confundidos com outras enfermidades. Por isso, no
campo a forma adequada de identificar a doença, e como tratar o rebanho
são dúvidas recorrentes. Nossa cartilha foi criada para auxiliar com
essas questões, o objetivo é que o material sirva como uma ferramenta
para guiar os profissionais no campo”, explica Beatriz Ortolani, Gerente
de Produto da Unidade de Pecuária da Ceva Saúde Animal.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
Verba do Banco Mundial é menor do que a esperada e RN terá que readequar projetos do Governo Cidadão
Empréstimo
do banco financiador do programa será de 360 milhões de dólares, valor
menor que o orçado inicialmente, segundo explicou o secretário Fernando
Mineiro, titular da Segai.
O Governo do Rio Grande do Norte terá que readequar os projetos do
Governo Cidadão até o final de março. Isso ficou definido em uma reunião
na tarde desta segunda-feira (25), que tratou sobre o plano de
investimentos para o programa, entre a governadora Fátima Bezerra,
secretários e a gerente de projetos do Banco Mundial, Fátima Amazonas,
entidade responsável pelo financiamento do programa.
A readequação se dá por conta de uma redução no orçamento planejado. O
plano de aplicação do programa era de aproximadamente 375 milhões de
dólares, mas o empréstimo do banco será de por volta de 360 milhões de
dólares, segundo explicou Fernando Mineiro, titular da Secretaria de
Gestão de Projetos e Articulação Institucional (Segai).
Segundo explicou a gerente de projetos do Banco Mundial, Fátima
Amazonas, o valor acordado para o repasse já era de 360 milhões de
dólares, independente da cotação da moeda. No entanto, a gestão anterior
do governo cometeu um equívoco no orçamento para o uso da quantia e
estimou que teria disponíveis cerca de 375 milhões de dólares, o que
gerou o erro nos cálculos.
Dessa forma, o atual governo já havia feito o planejamento para a
utilização nos projetos em cima do valor de R$ 375 milhões, orçado
inicialmente. Com a descoberta da confusão no valor, que será reduzido, o
governo precisará agora fazer um novo plano, que terá que ser entregue
até março.
O Banco Mundial também solicitou a inclusão de um plano estadual de
segurança, a criação de um posto de fiscalização na divisa com a Paraíba
e a criação de um escritório de desenvolvimento de projetos executivos.
Com a redução no valor, o secretário Fernando Mineiro, da Segai,
informou que a intenção é dar prioridade a alguns projetos, como a
construção do Hospital da Mulher, a reforma de 40 escolas, aquisição de
equipamentos escolares e hospitalares e a construção de sete estradas.
Ao todo, o 'Governo Cidadão' contempla 410 subprojetos com 71 entidades
envolvidas.
Nota do Blog: Esperamos que o setor agrícola não seja mais uma vez prejudicado, com o corte de recursos.
Nesta sexta (22), os
meteorologistas do Nordeste e do Cptec/Inpe, divulgaram o resultado das
discussões e análises realizadas durante todo o dia de ontem (21), na
sede da Emparn. Para o semiárido potiguar, que abrange as regiões
Central, Oeste e boa parte do Agreste, o volume de chuva deve ficar
dentro da média, para o trimestre março, abril e maio.
A análise dos campos
atmosféricos e oceânicos de grande escala (vento em superfície e em
altitude, pressão ao nível do mar, temperatura da superfície do mar,
entre outros), e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais
e de modelos estatísticos de diversas instituições de meteorologia do
Brasil (FUNCEME, INMET, CPTEC/INPE) e do exterior indicou o período de março, abril e maio de 2019 na região Nordeste do Brasil as chuvas deverão ocorrer próximo da média climatológica
Média de chuva (volume acumulado nos meses de março, abril e maio)
Mesorregião
Chuva Média (mm)
Oeste
479,2
Central
378,3
Agreste
343,2
Leste
533,8
Estado
433,6
No Rio Grande do Norte, 92% do
seu território é semiárido, engloba a região Central, Oeste e quase toda
região Agreste. Por isso saber como vai ser o inverno nestas regiões é
importante porque interfere diretamente em vários setores da economia,
como agricultura, agropecuária e também no abastecimento de água.
De acordo com o meteorologista
da Emparn, Gilmar Bristot, durante a Reunião Climática, “foi observado
que no Oceano Pacífico Equatorial há a continuidade do Fenômeno EL Niño
com intensidade fraca, mas ocupando uma grande área na superfície desse
oceano. A permanência dessa condição vem ocorrendo de acordo com os
resultados dos modelos de previsão de anomalia de TSM, e projetam que
essa condição permanecerá nos próximos meses”.
Os meteorologistas também
observaram que o Oceano Atlântico Sul em média se manteve mais aquecido
que a parte norte deste oceano. Essa condição termodinâmica no
comportamento do Oceano Atlântico é necessária para que ocorra o
deslocamento e a manutenção da Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT-Principal Sistema meteorológico causador das chuvas no Norte do
Nordeste no período de fevereiro a maio), para posições mais ao sul da
Linha do Equador, favorecendo assim, a ocorrência de chuvas regulares
sobre a região Nordeste durante o período de março a maio de 2019. Na
Reunião Climática de janeiro, em Fortaleza/CE, a previsão foi de chuvas
na média até acima da média para os meses de fevereiro, março e abril. E
vem chovendo bem desde o início de fevereiro, até hoje (22), já são 105
municípios com volume acumulado de chuvas de normal a acima do normal, o
que para os meteorologistas já caracteriza o início do período chuvoso
no sertão potiguar.
Participaram da elaboração
desse prognóstico para o período chuvoso no semiárido nordestino,
representantes da Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio
Grande do Norte), APAC (Agência Pernambucana de Águas e Clima, AESA
(Agência Executiva de Águas do Estado da Paraíba), INEMA (Instituto do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia), CPTEC/INPE (Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais) e UFERSA (Universidade Federal Rural do Semiárido).
A previsão de que vai chover na
média, já é bom prognóstico diante de um cenário de anos de seca,
situação que melhorou um pouco no ano passado, quando a média de chuva
no Estado ficou apenas 7% abaixo da média. Bem diferente dos seis anos
anteriores (2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017), que foram secos, choveu
bem abaixo da média.
Mandioca
MANDIOCA/CEPEA: Baixa oferta sustenta cotações
Preços da mandioca seguiram praticamente estáveis nos últimos diasOs preços da mandioca seguiram praticamente
estáveis nos últimos dias, sustentados pela baixa disponibilidade de
raízes com mais de um ciclo e pelo pouco interesse na entrega de raízes
mais novas, por conta principalmente da baixa produtividade agrícola. As
chuvas que ocorreram na última semana na maioria das áreas acompanhadas
pelo Cepea também dificultaram a colheita, limitando a oferta.
USDA
Avicultura brasileira deve registrar crescimento
Uma melhora na economia pode impulsionar o setor
A produção de carne de frango do Brasil deve
registrar um crescimento de 1,8% em 2019, para quase 13,6 milhões de
toneladas, segundo o mais novo relatório realizado pelo Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA). De acordo com as informações, o
setor deve ser impulsionado principalmente por uma recuperação no
consumo doméstico e, em menor medida, nas exportações.
O ambiente no Brasil para o autocontrole de produtos de origem animal
Até 2028, a
produção de grãos aumentará 29,8%. As Exportações de soja (grão) terão
um incremento de 37,9% e as de milho 33,9%. Quanto às frutas, a produção
de maçã deverá aumentar 26,1%, a de uva 29,2% e a de melão 34,9%. A
exportação de carne bovina terá um incremento de 36%, enquanto a de
suínos 38,9% e a de frango 33,6%.
A operação pode ser financiada em até oito anos, com carência máxima de seis meses.
Interessados em gerar sua própria energia
elétrica podem financiar até 100% dos componentes e a instalação dos sistemas
de micro e minigeração de energia elétrica fotovoltaica ou eólica no Banco do
Nordeste, com limite de R$ 100 mil.
A linha de crédito FNE Sol, que utiliza
recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), está
disponível para pessoas físicas e empresas.
O valor das parcelas do financiamento pode
ser igual ao valor economizado na conta de energia. Assim, o investimento não
traz custos adicionais ao cliente, que passa a consumir energia renovável e
limpa.
Quando quitada a operação, o proprietário
dos equipamentos obtém considerável redução nas contas, já que a durabilidade
dos componentes adquiridos, como as placas fotovoltaicas, é superior ao prazo
do empréstimo, com vida útil de até 20 anos.
Depois de instalados, os sistemas podem
ser ampliados, caso haja demanda por mais energia. Se a energia gerada for
superior à demanda do proprietário, o excedente pode ser direcionado a outro
imóvel do cliente, na mesma área de permissão ou concessão.
As pessoas físicas interessadas nos
recursos do FNE Sol contam com cadastro e conta corrente digitais. A linha de
crédito financia todos os componentes para geração centralizada e sistemas de
micro e minigeração de energia elétrica fotovoltaica, eólica, de biomassa ou
pequenas centrais hidroelétricas (PCH).
O produto pode ser acessado por pessoas
físicas, empresas de todos os portes e setores, produtores e empresas rurais,
cooperativas e associações, instalados na área de atuação do Banco do Nordeste,
que inclui os nove Estados nordestinos e o norte de Minas Gerais e do Espírito
Santo.
E
para isso, nem bem tomou posse da cadeira de Ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e a ministra Tereza Cristina já anuncia um
longo tour pela China, Estados Unidos, Europa, países árabes e outras
nações com as quais o Brasil quer estreitar relações comerciais. Segundo
a ministra, Tereza Cristina, o objetivo é abrir novos mercados e
melhorar as exportações brasileiras. Ela
informou também que deverá visitar o Vietnã e Indonésia. A ministra
disse que já recebeu no Mapa o embaixador chinês no Brasil e estabeleceu
algumas pautas em comum. Ela também manifestou a intenção de
incrementar a relação comercial com o Peru, país que está em acelerado
crescimento econômico e tem potencial para aumentar o mercado bilateral.
“Recebi
nosso embaixador no Peru, um mercado que também vamos prospectar. O
comércio ainda é pequeno, mas é um país que está crescendo a taxa de 4% a
5% ao ano. Tem também o Vietnã, que abriu portas para o Brasil, e a
Indonésia, com quem a gente está fazendo uma aproximação. São países
importantes, além da China e de outros países asiáticos, e a gente vai
se dedicar a abrir novos mercados”, disse a ministra. Ela
também já tem marcada uma viagem em junho ao Japão, para a reunião do
G-20, o grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União
Europeia. Em relação aos países árabes, a ideia é também abrir mais
mercados aos produtos agropecuários brasileiros. A ministra confirmou
que a Arábia Saudita diminuiu um pouco as importações de aves do Brasil,
mas explicou que o país quer fortalecer a produção em seu próprio país.
“Há dois anos, eles vêm implantando o setor avícola. Em outubro,
começaram a exigir do Brasil o abate Halal, que é mais complicado. O
Brasil tem o maior número de plantas do mundo para o abate Halal de
bovinos. Para aves, este tipo de abate é mais complicado, mas nós já
temos algumas plantas modificadas. Eles deixaram claro que querem
diminuir as importações do Brasil de 600 mil para 400 mil toneladas.
Projeto contempla demanda da cadeia produtiva e valida cultivares de batata-doce de polpa roxa
O
programa de melhoramento genético de batata-doce da Embrapa deu mais
alguns passos no sentido de oferecer novas cultivares para a cadeia
produtiva da hortaliça. Exemplos desses avanços são os primeiros
resultados considerados bastante promissores e que vêm sendo
apresentados pelos clones de batata-doce de polpa roxa, ora em processo
de avaliação e validação em áreas produtoras do Núcleo Rural de
Tabatinga (DF), de Estiva (MG), de Uruana (GO), Canoinhas (SC),
Petrolina (PE) e na Embrapa Hortaliças (Brasília, DF).
São as primeiras cultivares de polpa roxa desenvolvidas no âmbito do Projeto de Melhoramento de Batata-Doce para as Regiões Tropicais e Semitropicais do Brasil – o MelhorDoce,
que teve início em 2016 com objetivos bem definidos: disponibilizar
cultivares de batata-doce para diferentes regiões do País com
características de boa produtividade, precocidade, aparência, formato,
resistência às principais pragas e doenças, boa aceitação pelo mercado e
pelo consumidor.
Só que durante os primeiros cruzamentos, outro
desafio foi agregado aos já existentes: desenvolver cultivares de polpa
roxa, uma demanda identificada nos pedidos via Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) e durante contatos de pesquisadores com produtores e processadores desse tipo de batata-doce.
Com
base nesse contexto, buscou-se no Banco Ativo de Germoplasma de
Batata-Doce da Embrapa Hortaliças acessos com características
agronômicas desejáveis de polpa roxa. Após a seleção desses clones,
seguiram-se as etapas de avaliação e seleção dos clones considerados
mais promissores.
“Fizemos a avaliação e escolhemos os cinco
melhores clones, considerando as características de produtividade,
precocidade, aparência, formato da raiz, cor e qualidade da polpa,
resistência a principais pragas e doenças, e estamos comparando os
respectivos desempenhos em relação a duas de nossas cultivares que já
estão no mercado”, informa o pesquisador Geovani Amaro.
Segundo o
pesquisador, a avaliação do comportamento dos clones perante outras
cultivares que “atuam” como testemunhas serve de padrão comparativo. “Se
o nosso clone produziu menos que a testemunha, vamos reavaliar o
processo, que pode incluir a introdução de outros clones ou de outras
técnicas de manejo, a exemplo da irrigação, adubação ou locais”, observa
o pesquisador, que chama a atenção para o que considera “ponto ganho,
mas com o jogo ainda no começo”.
“Se os nossos clones produzirem
muito acima das testemunhas, pelo menos com relação a esse quesito
teremos sido melhores, mas a validação implica em outros parâmetros, nos
quais os nossos clones também devem combinar características como
precocidade, resistência, sabor e formato aceitos pelo mercado”,
sublinha Amaro, para quem, mesmo com bons resultados, é recomendável uma
segunda avaliação para maior segurança.
Além de produtores
interessados em produzir cultivares de batata-doce com polpa roxa, outro
gênero de demanda foi identificado durante esse período. De acordo com
Amaro, a agroindústria também tem demonstrado interesse em cultivares de
polpa roxa e aí, para atender a esse segmento, a perspectiva é de que
os clones selecionados também sejam validados para o processamento
agroindustrial.